Tenho um amigo que carinhosamente lhe chamo de Murcão.
Ele não é nada murcão, aliás é das pessoas que mais trabalhou durante toda a sua vida, mas enfim, como à maior parte das pessoas que conheço tem o coquinho comido.
Um dia estávamos a falar da greve geral desse dia, ele é contra a greve, para ele o trabalho é o que dá dinheiro, com dinheiro faz-se a vida.
Ora bem, quando as pessoas sacrificam ( aqueles que sacrificam, porque há alguns que são pagos na mesma) um dia do seu ordenado para lutar pelos direitos de todos é de louvar, não aos céus porque seria o mesmo que misturar açucar com feijão e esperar que brotasse um vibrador de gelo, mas é de louvar.
Pois bem, o meu amigo não quis fazer greve porque acha que a greve não leva a nada, porque os sindicatos são pagos pelos governos dessa altura a calar quando deviam lutar pelas pessoas e não só pelos recursos.
Resultado, o tempo passou e ele foi despedido, afinal, só tinha contrato de um ano, e ainda por cima trabalha a recibos verdes.
( Mas que raio?! Agora só se fazem contratos de um ano?) Mas onde estão os bancos a pressionar o estado para que incentive as empresas a fazer contratos com os quais eles possam conceder empréstimos e cobrar juros à mesma altura de do primeiro louvor?
Pois é, ele não fez greve, mas foi despedido e não tem direito a subsídio de desemprego, se faltasse por doença, a entidade patronal, não lhe pagava, teve direito a férias porque o patroinho até era boa pessoa, mas seguros, subsídios, está quieto.
Bem, só posso dizer que colheu o que plantou, só lamento, ter que pagar com a sua própria vida.
À merda senhores money, money, money, à merda!!
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